A vida não é, pois, por si mesma, mais que uma contradição encerrada nas coisas e nos fenômenos, e que se está produzindo e resolvendo incessantemente: ao cessar a contradição, cessa a vida e sobrevém a morte.
Trecho de Friedrich Engels no clássico "Anti-Dühring", 1878. A imagem é o pensador alemão em seus 20-25 anos.
Esta é a riqueza do método dialético: compreender a vida -e por extensão o universo, o físico e o "de dentro"- como algo que está se produzindo e resolvendo incessantemente (e justamente por ser incessante, ao contrário do que Engels diz a morte não é o fim das contradições; afinal há os processos biológicos sobre a matéria decomposta, sem que precisemos entrar nas teses acerca do destino da psique etc.). É uma espiral, não uma linha reta "positivista". Já os binários, aqueles que só conseguem enxergar A ou B, ficam perdidos diante desse fluxo ininterrupto e contraditório. O mundo deles é simplório e cinza.
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