"O direito é criado pelo homem, é um produto tipicamente humano, um artifício sem entidade corporal, mas nem por isso menos real que as máquinas e os edifícios." - Gregorio Robles

19.3.20

Colher de chá em tempos de crise


Leio a matéria abaixo e me pego pensando: o que parece um gesto altruísta por parte do capital financeiro nada mais é que uma irrisória contrapartida social diante dos ganhos astronômicos que o setor aufere anualmente. São cifras inimagináveis, como o lucro de R$ 26,583 bilhões do Itaú em 2019. Despiciendo lembrar a obscenidade disso em um país como o Brasil.

Duas observações: ainda que uma irrisória contrapartida social, iniciativas como a da matéria obviamente são importantes e chegam em boa hora; endividamento em tempos de crise não desejamos ao pior inimigo. A outra observação é a seguinte: é emblemático que seja a Caixa, banco público, a dar essa "colher de chá". Não vi nada por parte dos bancos privados nesse sentido. Daí de novo a lembrança de Eros Grau, sobre como, apesar dos pesares, o Estado ainda ser o único garantidor do interesse público.

Caixa baixa juros e dá 60 dias de prazo para dívida de famílias e empresas

Antonio Temóteo
Do UOL, em Brasília

A Caixa informou hoje redução de algumas taxas de juros e que adiará por 60 dias o prazo para famílias que têm dívida de empréstimo pessoal e empresas que buscarem capital de giro. No caso de financiamento imobiliário, não cobrará duas parcelas.

"Havendo necessidade, podemos expandir a pausa no pagamento das dívidas de 60 para para 90 ou 120 dias", disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

(leia a continuação aqui)

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