A saúde é um direito tão fundamental que, poderíamos dizer, é o mais básico de todos. Afinal estar "vivo" é conditio sine qua non para exercício da titularidade plena dos demais direitos. Mas como é difícil cuidar da saúde na nossa sociedade de capitalismo tardio! A rede pública é deficitária e ninguém em sã consciência negaria isso. O SUS é uma conquista fantástica e um grande patrimônio da sociedade brasileira — e graças a ele o morticínio de brasileiros, causado pelo negacionismo bolsonarista, foi reduzido — , mas é fato que não dá conta da demanda. A rede privada, então, Deus me livre; é os olhos da cara. Pobre cidadão brasileiro.
Podemos esperar que as coisas melhorem. O aludido negacionismo bolsonarista vai saindo de cena, conforme o novo governo vai arrumando a casa. Nísia Trindade foi um bom nome para a pasta da Saúde. Escusado dizer que as únicas críticas que vi sendo feitas a Trindade partiram do espectro bolsonarista. Bolsonaristas colocando em questão competência e currículo alheios parece coisa de piada. O modelo deles para a Saúde é gente como Eduardo Pazuello, que confessou que nem sabia o que era SUS e que troca o Amazonas pelo Amapá.
Abaixo está a entrevista concedida por Trindade ao "Roda Viva" da TV Cultura. A gama de temas é grande: Revalida, piso nacional da Enfermagem, Programa Mais Médicos, SUS, saúde indígena, cobertura vacinal etc. É importantíssimo que acompanhemos esses tópicos, haja vista a, como dito, fundamentalidade do assunto.
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