Tempos de efemérides: o post mais recente foi sobre os 130 anos do TCU e, agora, lembramos o centenário de morte de Ruy Barbosa, dado neste último dia 1º de março. Temos História, em letras maiúsculas; por mais que o viralatismo siga calando fundo em nossa alma brasileira, trazemos conosco todo um cabedal de vivências, experiências e sentimentos dos quais deveríamos nos orgulhar ou, no mínimo, observar para aprender com tudo aquilo. O inventário do que somos, como diz o marxista Gramsci — é um trabalho de autoconhecimento ainda a se fazer.
Sobre Ruy Barbosa: é indubitavelmente um dos grandes brasileiros de todos os tempos. Mas como toda figura histórica — como todo ser humano, em verdade — não pode ser visto de forma unidimensional. Carrega consigo contradições. Por exemplo o Visconde de Ouro Preto lhe pinta de forma pouco lisonjeira, denunciando Ruy como partícipe do golpe militar que destituiu a monarquia em 1889. Com efeito, Ruy foi um dos ministros, civil, do gabinete de Deodoro da Fonseca.
Aqui no blog o "Águia de Haia" aparece nos títulos dos posts Ruy e a "doença de achar sempre razão ao Estado" e Um comentário de Ruy Barbosa, de 2021 e 2013 respectivamente. São pequenas pílulas, pequenos aperitivos do pensamento do tribuno baiano, aos quais remeto o leitor. E, neste link, está rico material jornalístico assinado por Tércio Ribas Torres, da Agência Senado, que é uma verdadeira aula de História.
Novamente, com H maiúsculo. Fica aqui nosso tributo.
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