"O direito é criado pelo homem, é um produto tipicamente humano, um artifício sem entidade corporal, mas nem por isso menos real que as máquinas e os edifícios." - Gregorio Robles

23.11.19

Ao contrário do Brasil de Bolsonaro, na Argentina haverá aumento de salário


Paulo Guedes, o "posto Ipiranga" de Jair Bolsonaro, propaga aos quatro ventos que pretende congelar alta real do salário mínimo. Isso é condizente com a ideologia do grupo que ascendeu ao poder nas eleições presidenciais brasileiras de 2014: a do neoliberalismo nu e cru, que defende o esvaziamento dos direitos sociais em prol do "salve-se quem puder" da lei da selva do mercado.

A boa notícia, ao menos para nossos hermanos aqui do lado -e devemos manter a chama da solidariedade internacionalista sempre acesa, decerto- é que no sentido diametralmente oposto o novo governo da Argentina prepara alta de salários. Parabéns ao recém-eleito presidente Alberto Fernández, que aliás já avisou ao FMI que a Argentina não fará mais ajustes.

Bravo. É assim que deve ser. Não há sentido, digamos o mínimo, em colocar os pobres para pagar a conta das crises econômicas. O imposto sobre grandes fortunas ainda é um sonho de uma noite de verão, por exemplo, apesar da previsão constitucional (art. 153, VII). Mas o bolsonarismo prefere taxar o seguro-desemprego, isto é, o cara é desempregado e ainda tem que desembolsar.

Não é com essa covardia com os mais pobres que se alcançará o desiderato da sociedade livre, justa e solidária e demais objetivos fundamentais da República, conforme o art. 3º da Carta.