"O direito é criado pelo homem, é um produto tipicamente humano, um artifício sem entidade corporal, mas nem por isso menos real que as máquinas e os edifícios." - Gregorio Robles

30.9.20

Sobre o primeiro debate entre Trump e Biden

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Assisti ontem o primeiro debate eleitoral entre Trump e Biden na CNN Brasil — eu e o mundo inteiro, afinal apesar de capengar nas últimas épocas o imperialismo estadunidense segue a força motriz do planeta, para o bem e para o mal (mais para o mal). Foi sofrível: Trump, canastrão com seu olhinho de mau, interrompendo o debate e vociferando bravatas e intimidações. É o estilo que Bolsonaro gosta, apesar de Jair não ter tido, ele próprio, coragem para enfrentar Haddad em 2018. Biden, por sua vez, devagar quase parando, coitado, gaguejante e esquecido. Diz-se até que sofre de alguma senilidade, aos 77 anos.

Não podemos nos iludir a essa altura do campeonato. Os belicosos tempos de Obama não nos deixam esquecer: apesar da pauta dos Democratas ser mais simpática, afinada com as liberdades, direitos civis e ecologia, seguem sendo um partido do status quo estadunidense. E eles sempre olham para o próprio umbigo, o que implica em impor seus interesses ao resto do globo de todas as formas, da pressão econômica à invasão militar direta. Já dos Republicanos nem é preciso dizer — é o canal mainstream dos reacionários de plantão, supremacistas brancos, KKK (não é a risada) et caterva. Nesse sentido, é muito melhor Biden que Trump, mas, repito, sem que nos iludamos.

Sugiro este texto do Reinaldo Azevedo, a propósito: Na ânsia de lacrar no debate, Trump pode ter sido vítima do próprio estilo.

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