Li um cabedal de absurdos acerca do já infame "caso do ejaculador do ônibus". A malta se perguntava diante da decisão judicial- "como não houve constrangimento?" etc., e era preciso reiterar ad nauseam que o constrangimento no caso não era o "leigo", o sinônimo de vergonha ou de vexame. Era o constrangimento técnico-penal. Mas para que explicar? O senso comum quer sangue. É o datenismo velho de guerra.
Mesmo ciente de que outras pessoas já explicaram mais e melhor, quis fazer minha humílima contribuição para o debate com o comentário abaixo, no Facebook:
Debalde, haja vista que não logrei convencer sequer pessoas muito próximas. Defender o garantismo penal é mesmo absurdamente minoritário nestes tempos de Sérgio Moro; e é assustador, como destaquei no post acima, verificar o punitivismo grassando mesmo dentro de setores supostamente esclarecidos da esquerda.
Anyway, é o bom combate. Segue abaixo uma nota das defensoras públicas de São Paulo, em defesa do magistrado José Eugenio do Amaral Souza Neto.
Defensoras Públicas se solidarizam com magistrado criticado após soltar preso em ônibus
O caso do homem que ejaculou no pescoço de uma mulher na Avenida Paulista, em São Paulo, nessa semana continua a render muita polêmica. Isso porque o magistrado José Eugenio do Amaral Souza Neto, o qual soltou o acusado por entender que a lei penal não previa crimes para casos como esse, sofreu intensas críticas e até mesmo ataques na internet, onde a foto com seu rosto foi divulgada.
Em resposta, 74 Defensoras Públicas do Estado de São Paulo assinaram uma nota de apoio ao magistrado. Dentre elas, destacam-se várias que trabalham diariamente com o juiz.
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