Ao contrário de Kassio Nunes, que rendeu meia dezena de posts no blog, não escrevi sobre a posse de André Mendonça (com exceção da birra de Alcolumbre em pautá-lo). Talvez por dois motivos: o cansaço de fim de ano, quando voltamos nossas baterias já quase exauridas para temas mais urgentes (me refiro à vida profissional, às voltas com prazos e estudos de processos), e o fato de que tudo que poderia falar já tenho dito há tempos: a crítica da forma de composição do STF, a denúncia da instrumentalização política da corte, o avanço do projeto religioso sobre o Estado laico e assim por diante.
Nesse sentido, tratar de André Mendonça é apenas repisar pontos há muito debatidos no blog. Evidentemente nesse e em outros temas eu gostaria de estar errado; às vezes a vida nos surpreende positivamente, vai saber. Boa sorte ao novel ministro.
O texto abaixo é de Carolina Brígido.
Kassio Nunes Marques dificulta chegada de André Mendonça ao STFO sonho de Jair Bolsonaro é ver no STF (Supremo Tribunal Federal) seu quinhão de 20% — na verdade, 18%, segundo a matemática — atuar como um time. A esperada dobradinha frustrou já de início. Horas depois de André Mendonça ser empossado ministro da Corte, na quinta-feira (16), Kassio Nunes Marques fez um movimento que coloca o novato em situação desconfortável.Nunes Marques interrompeu o julgamento sobre a obrigatoriedade de passaporte vacinal a viajantes que ingressarem no Brasil. O processo estava sendo deliberado no plenário virtual, um sistema no qual os ministros não se encontram, apenas postam seus votos. Ao fim de uma semana, o resultado é divulgado.O julgamento já tinha começado quando Mendonça tomou posse. Portanto, se o caso permanecesse no plenário virtual, o novo ministro não votaria. Mas, pela regra do Supremo, quando há pedido de destaque no plenário virtual, o caso é interrompido para ser reiniciado do zero no plenário físico.(clique aqui para continuar a leitura na fonte original)
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