Nem o Diabo quer o homem, no mesmo dia em que os diabos menores da Câmara lhe livram a cara na segunda denúncia. Vaso ruim não quebra. Mas esse piripaque do temerário me fez especular sobre determinados temas, às raias do conspiracionismo e da superstição, mas que são interessantes. Explico.
Tenho gostado do conceito de parapolítica. Seria compreender que há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia, hamletianamente falando, ou seja, compreender a vida cotidiana para além do que os olhos enxergam. Isso vale em especial para a política. É um erro crasso limitá-la ao voto e ao parlamento. É algo muito mais complexo, que envolve inúmeros atores e cenários- sindicatos, movimentos de massa, família, igrejas, associações de moradores, locais de trabalho, instituições estatais, o mercado, a grande mídia e... mais além, se é que me faço entender.
É um terreno nebuloso, com toques de misticismo e de teoria da conspiração. Algo de Jung e sua psicologia analítica, decerto. Tornaremos ao assunto. Por ora, quero apenas falar, como o povo de antigamente dizia em sua sabedoria popular, que tanta negatividade em cima de alguém "atrai"... Um governo de 3% de aprovação, detestado por todos os lados, implementando uma brutal agenda anti-povo e anti-trabalhador. É muita energia negativa. O emocional e o corpo acusam (sempre lado a lado, afinal o ser humano é uma unidade).
Não quero dizer obviamente que se desejarmos mal a alguém essa pessoa necessariamente morrerá. Uma afirmação dessa seria ridícula por si só. Hitler não era exatamente "amado" mas não morreu vítima de um misterioso ataque fulminante, para ficarmos em um exemplo. O que quero dizer é que, havendo predisposição, havendo uma porta, pode ser que a coletividade de intenções negativas se cristalize facilitando determinado estado patológico.
Esotérico demais? Mistério sempre há de pintar por aí...